Governo libera quase R$ 1 bilhão de reais em dois meses
Publicada em 05/07/17 as 11:14h por O Pesadelo dos Políticos - 917 visualizações
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(Foto: O Pesadelo dos Políticos)
Governo libera quase R$ 1 bilhão de reais em dois meses
Com a ânsia de aprovar diversas reformas desde o início do ano e agora
de contornar uma denúncia do Ministério Público correndo no Congresso
Nacional, o presidente Michel Temer tem sido generoso na liberação de
emendas neste ano. O montante de emendas liberadas atingiu R$ 1,5 bilhão
no primeiro semestre de 2017. Do total, quase R$ 1 bilhão foi
desembolsado em maio e junho.
Conforme levantamento da Contas
Abertas, nos primeiros semestres de 2016 e 2015, foram liberados R$
534,5 milhões e R$ 9,1 milhões, respectivamente para os parlamentares.
Os dados consideram a execução de emendas individuais às despesas do
Orçamento Geral da União (OGU). Os dados são do Siga Brasil, do Senado
Federal.
A maior liberação desses recursos em 2017 aconteceu no
mês de junho: R$ 511,4 milhões desembolsados para as emendas. Outros
picos de "generosidade" em tempos de crise do governo aconteceram em
maio (R$ 436,8 milhões) e março (R$ 422,9 milhões). Cabe ressaltar que o
aumento acontece enquanto o governo federal tenta administrar um rombo
fiscal de R$ 139 bilhões.
A liberação de emendas é tradicional
mecanismo dos governos para assegurar a fidelidade da base aliada. No
caso de Temer, além das polêmicas reformas estruturais que tenta
emplacar desde que assumiu a presidência, o "jogo" também pode servir
para se livrar da denúncia por corrupção passiva apresentada pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Do total liberado
em emendas no primeiro semestre de 2017, mais de 80% foi para senadores e
o restante para deputados. No topo do ranking de beneficiados pelos
recursos estão os senadores José Serra (R$ 9,6 milhões) e Marta Suplicy
(R$ 9,4 milhões). Logo atrás está o deputado Sérgio Reis (R$ 8,3
milhões) e os senadores Flexa Ribeiro (R$ 8 milhões) e Ricardo Ferraço
(R$ 7,9 milhões).
Denúncia
Temer tem se encontrado pessoalmente
com deputados para garantir que a Câmara não aceite a denúncia de Janot.
O presidente disse em entrevista a uma rádio na segunda-feira (3) estar
"animadíssimo" e ter certeza "quase absoluta" de que a Câmara vai
recusar o aval para o STF julgá-lo.
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